Santa Teresinha do Menino Jesus intercessora dos
missionários sacerdotes
“Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”.
A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no
ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua
vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos nós –
foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais
(Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com
pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia
e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux,
com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade,
simplicidade e confiança plena em Deus.
Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a
Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino
Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um
brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a
ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.
O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido
missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida
nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e,
como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a
Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.
Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de outubro
de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!”
Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva
de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a
canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em
1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II
proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!
Santa Teresinha do Menino Jesus (de Lisieux)
Santa Teresinha
do Menino Jesus (de
Lisieux)
1873-1897
A
vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da
Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere
chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à
religiosidade. No lugar do medo do "Deus duro e vingador", ela coloca
o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência
eterna. Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros
"Infância espiritual" e "História de uma alma", editados a
partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega.
Morreu virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que
vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.
Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de
janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde
então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais,
quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os
impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora
terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi, com
entusiasmada aceitação por parte de Teresinha desde a mais tenra idade.
Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma,
consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta
que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão
para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente
pelo papa Leão XIII.
Ela própria escreveu que, para servir a Jesus,
desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir...
Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões,
depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou
atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e
imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. Essa vivência foi
registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de
cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores
do século XX.
Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela
terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os
desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos,
depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa
chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e
milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.
Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e
canonizada em 1925 pelo papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um
grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi
aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como "padroeira especial
de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o
universo, tendo o mesmo título de são Francisco Xavier". Esta "grande
santa dos tempos modernos" foi proclamada doutora da Igreja pelo papa João
Paulo II em 1997.
Santa Terezinha
"Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo".
Francesinha, que nasceu em Aliçon 1873, e morreu no
ano de 1897. Santa Terezinha não só descobriu no coração da Igreja que sua
vocação era o amor, mas sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito
para amar. Terezinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas, com a
autorização do Papa e sua vida passou na humildade, simplicidade e confiança
plena em Deus.
Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior,
oferecia a Deus, pela salvação das almas, e na intenção da Igreja. Santa
Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o pai,
livre igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus, e tomada pelo Espírito
de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual.
O mais profundo desejo do coração de Terezinha era ter
sido missionária "desde a criação do mundo, até a consumação dos
séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia
"História de uma alma", e como intercessora dos missionários
sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o
Céu, fazendo o bem aos da terra.
Proclamada principal padroeira das missões em 1927,
padroeira secundária da França em 1944, e Doutora da Igreja, que nos ensina o
caminho da santidade pela humildade em 1997, na data do seu centenário. ela mesma
testemunha que a primeira palavra que leu sozinha foi: " céus ";
agora a última sua entrada nesta morada, pois exclamou : " meu Deus, eu
vos amo...eu vos amo ".
ORAÇÃO PELOS MISSIONÁRIOS
Ó Santa Teresinha,
sois exemplo de simplicidade e de
humildade
e sempre vos colocastes nas mãos do Pai.
Intercedei junto a Deus para que os homens
compreendam o vosso caminho,
que leva ao Céu,
para que vencendo o egoísmo e o orgulho,
possam construir um mundo melhor
e conquistem os povos para o Reino de
Cristo pelo amor, justiça e paz.
Fazei com que os homens compreendam a
mensagem do Evangelho
e sejam atraídos a viverem o ideal cristão
do amor
pelo espírito de desapego e doação.
Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira
das missões,
rogai por nós e protegei os missionários.
Amém.
http://www.catolicanet.com/?system=santododia&action=ver_santos&data=30/09
Santa Teresa do Menino Jesus, Doutora da Igreja
Amém.
http://www.catolicanet.com/?system=santododia&action=ver_santos&data=30/09
Santa Teresa do Menino Jesus, Doutora da Igreja
A extensão do
culto a Santa Teresa do Menino Jesus ou Santa Teresa de Lisieux, jovem
carmelita, é um dos fenômenos mais impressionantes e significativos da vida
religiosa de nossos dias. A Santa morreu em 1897 e, pouco depois, já
era conhecida em todo mundo. Seu caminho de simplicidade e perfeição nas
pequenas coisas da vida cotidiana, converteu-se no ideal de muitos cristãos.
Sua biografia, escrita por ordem de seus superiores, é um livro famoso e os
milagres e graças atribuídas a sua intercessão são incontáveis.
Pio XI a
beatificou em 1923 e a canonizou em 1925. Estendeu sua festa a toda a Igreja do
ocidente. Em 1927, Santa Teresa do Menino Jesus foi nomeada, junto com são
Francisco Xavier, padroeira de todas as missões estrangeiras e de todas as
obras católicas na Rússia.
A Santa se entregou com inteira decisão e consciência à tarefa de ser Santa. Sem perder o ânimo, diante da aparente impossibilidade de alcançar os pontos mais elevados do olvido de si mesma, acostumava repetir: "Deus não inspira desejos impossíveis. Não tenho que me fazer mais do que sou, mas sim me aceitar tal como sou, com todas minhas imperfeições".
A Santa se entregou com inteira decisão e consciência à tarefa de ser Santa. Sem perder o ânimo, diante da aparente impossibilidade de alcançar os pontos mais elevados do olvido de si mesma, acostumava repetir: "Deus não inspira desejos impossíveis. Não tenho que me fazer mais do que sou, mas sim me aceitar tal como sou, com todas minhas imperfeições".
Santa Teresinha do Menino
Jesus
ou Santa Teresa de Lisieux
- Doutora da Igreja
Comemoração litúrgica: 01 de outubro.
Também nesta data: São
Veríssimo e São Milor.
- Padroeira
das Missões -
Se Deus dá à Igreja Santos
e Santas, não menos verdade é, que uma das primeiras condições de santidade é,
fora da graça de Deus, a santidade dos progenitores. É justamente esta
circunstância particular que se observa em relação à Santa Teresinha do Menino Jesus.
Eram santos os pais.
Luís José Estanislau
Martin, aos vinte anos, teve ardente desejo de tomar o hábito de São Bernardo,
mas, reconhecendo que os desígnios Da Divina Providência eram outros, desistiu
do plano. Zélia Guerin, jovem de muita piedade e caráter enérgico e franco,
aspirava a ser admitida entre as irmãs de São Vicente de Paulo, e para este fim
solicitou entrada na Congregação das mesmas, em Alençon. As superioras reconheceram não ser
esta a vontade de Deus e, sem hesitação, disseram-lhe sua opinião a este
respeito. Zélia, resignando-se com esta decisão, repetia , muitas vezes no
íntimo da alma esta prece:
“Meu Jesus, já que não sou
digna de ser vossa esposa, como minha irmã querida (**), abraçarei o estado de matrimônio, para cumprir
a vossa vontade santíssima. Peço-vos, porém, encarecidamente, sejais servido
concerder-me muitos filhos,
e que todos vos sejam consagrados”.
Deus, em sua paternal
bondade, reservava para esta alma predileta o virtuoso jovem já mencionado e,
graças a circunstâncias visivelmente providenciais, realizou-se o enlace
matrimonial de ambos, aos 12 de julho de 1858, na Igreja de Nossa Senhora de
Alençon.
Houve Deus por bem aceitar
com agrado a santa disposição do piedoso casal e deu-lhe nove filhos, que no
santo batismo tiveram os seguintes nomes: Maria Luísa, Maria Paulina, Maria
Leônia, Maria Helena (falecida aos cinco anos e meio de idade), José Maria,
Maria José, João Batista, Maria Celina, Maria Melania Tereza (falecida três
meses depois do nascimento) e Maria Francisca Tereza.
Depois do nascimento das
quatro filhas mais velhas era ardente o desejo do piedoso casal de ter um
filho, que futuramente servisse a Deus como missionário, e nesta aspiração
dirigiram-se confiadamente a São José. As orações foram ouvidas e o coração dos
pais encheu-se de doce júbilo, quando lhes nasceu o primeiro filho, a quem
deram o nome de José Maria. Mas os pensamentos do Senhor não são os nossos, nem
os seus caminhos são os nossos. Assim aconteceu que ao cabo de cinco meses
apenas, o pequeno José trocasse este deserto pelos tabernáculos do Senhor.
Empenhados em alcançar do
céu para sua família um sacerdote, um missionário, os pais instaram novamente
com ardentes súplicas, e grande lhes foi a alegria quando um outro pequenino
José veio tomar o lugar do irmãozinho falecido. Nove meses se passaram e também
esta florzinha se viu transplantada para os canteiros celestes.
Desistiram então de pedir
aos céu outro missionário. Contudo realizou-se-lhes plenamente o desejo na
pessoa da última filha, de todas a mais abençoada e privilegiada, alma
providencial, a quem Deus deu uma missão grandiosa, verdadeiramente divina.
Nos pais os filhos viam o
exemplo de cristãos santos. Amigos da oração, todas as manhãs se reuniam aos
pés do altar e à mesa eucarística. Rigorosamente observavam a lei do jejum e da
abstinência, eram escrupulosos na santificação do domingo, faziam com
assiduidade as práticas de piedade, como a leitura espiritual e a oração em
comum. Não faltavam, certamente, provocações, mas a única resposta que davam a
Deus, era sempre uma total resignação a tudo que a alta Providência quisesse
determinar.
Embora houvesse certo
bem-estar na família Martin, ninguém se excedia em luxos desnecessários, e em
tudo reinava grande simplicidade.
Em família de sentimentos
tão cristãos e generosos, a virtude da caridade achava terreno mais amplo de
atividade.
Das economias o piedoso
casal reservava anualmente avultosa quantia para a Obra da Propagação da Fé. A
casa estava-lhes sempre aberta para os pobres, e grandes eram as esmolas que lá
recebiam. Na distribuição da caridade o Sr. Martin não conhecia o respeito
humano, e muitos são os casos em que com as próprias mãos servia a pobres
desamparados. Não é, pois, caso de estranhar que o nobre homem em suas empresas
se visse acompanhado da benção de Deus.
Foi em Alençon, na rua São
Brás, que nasceu a celeste florzinha, Santa Teresa do Menino Jesus, geralmente
conhecida pelo nome que o povo cristão lhe deu – Santa Teresinha.
Às 11 horas e meia da
noite de 2 de janeiro Teresa abria os olhos para este mundo.
No dia do nascimento da
“rainhazinha”, (assim o extremoso pai chamava sua filhinha) veio um pobre bater
à porta da ditosa família e entregar um papel com estas loas, que mais pareciam
uma profecia:
Sorri, cresce
depressinha,
Tudo te chama à ventura:
Amor, desvelos ternura...
Sorri à fúlgida Aurora,
Botão que nasceste agora,
Rosa mais tarde serás!
Aos 4 de janeiro a
graciosa menina foi levada ao batismo, onde recebeu o nome de Maria Francisca
Teresa, servindo-lhe de madrinha a irmã mais velha, Maria Luísa.
Teresa contava apenas
quatro anos e meio, quando a morte lhe arrebatou a querida mãe. Foi então que o
Sr. Martin resolveu mudar a residência para Lisieux, onde morava o cunhado
Guérin, cuja esposa velaria pela educação das órfãsinhas.
Pelo belíssimo exemplo que
Teresinha tinha constantemente diante dos olhos, bem cedo se acostumou à
prática das virtudes, e decerto é a expressão da verdade o que afirma a
autobiografia: que desde a idade de 3 anos nunca recusou coisa alguma a Deus.
Dotada de inteligência
superior, treinada pelas experiências colhidas no caminho da provação e da dor,
a menina, em bem poucos anos, chegou a demonstrar uma madureza admirável em
julgar as coisas divinas e humanas. A esta firmeza de caráter, ao conhecimento
profundo das coisas divinas, ao desejo de pertencer a Deus deve-se atribuir o
fato de , com 15 anos apenas, se ter resolvido a entrar na Ordem do Carmelo,
cuja regra é uma das mais austeras.
Em sua “História de uma
alma”, escrita por ordem da superiora, Madre Inês de Jesus, a nossa santa, com
uma simplicidade encantadora, narra os fatos principais que se ligam à sua vida
junto aos pais, no seio da família, a entrada na Ordem, descreve as
dificuldades de ordem material e espiritual, consolações que teve e graças
extraordinárias que recebeu do divino Esposo.
Dos fatos narrados na “
História de uma alma” , tenham aqui lugar só os mais notáveis.
Teresinha, bem pequenina
ainda, fez a primeira confissão e saiu do confessionário muito satisfeita,
achando que nunca até então tinha experimentado uma alegria igual.
Certo dia teve uma visão
um tanto profética, que muito a impressionou. Estando o pai em viagem, que por
longo tempo o afastava da família, Terezinha teve a impressão de ver diante de
si um homem alquebrado, de cabeça encanecida, e embuçada em véu espesso. Tudo
daquele homem, o traje, o andar, a figura, tudo lhe fazia crer que fosse o pai
querido. Tomada de estranho terror, chamou por ele com voz trêmula: “Papai, ó
papai !” Mas o personagem assim interpelado não dava sinais de ter ouvido estas
palavras e continuou a andar, afastando-se pelas alamedas do jardim. Teresinha
nunca mais perdeu de memória esta misteriosa visão, presságios de futuros
padecimentos, de que o pai seria vítima. O sr. Martin pelo fim da vida sofreu
diversos ataques de paralisia, que lhe comprometeram a luz do espírito, de tal
modo que durante três anos, foi preciso ser entregue aos cuidado de pessoas
estranhas.
Terezinha tinha oito anos
e meio, quando se matriculou como externa no colégio das religiosas
beneditinas, em Lisieux.
Embora muito mais nova que
as companheiras de classe, tirava as melhores notas em composição, e era muito
querida entre as religiosas, razões estas que não poucas humilhações lhe
importavam, da parte de alunas menos consideradas e menos inteligentes. Foi
neste espaço de tempo que na mente de Teresinha surgiu o primeiro
pressentimento de ser por Deus chamada a abraçar o estado religioso no Carmelo.
Esse pressentimento tomou feições de desejo em 1885, quando a prima e amiga
Maria Guérin entrou para o Carmelo de Lisieux.
No retiro que a irmã
Celina fazia, em preparação para a primeira Comunhão, Teresa a acompanhou e
experimentou as mais suaves impressões. O dia da primeira Comunhão considera-o
um dos mais belos da vida.
Comparando-se com as
irmãs, Teresa se reconhece menos afeita aos brinquedos próprios da idade
infantil, porém mais sensível e choraminga até o excesso. Na família reinava
sempre a mais perfeita harmonia e entre as irmãs e as primas havia o maior
entendimento, a mais franca cordialidade.
Tereza era sempre
fraquinha e dores de cabeça atrozes atormentavam-na por dias, semanas e meses,
acompanhadas às vezes, por estranhos temores. Por vezes caía em delírio, sem
entretanto perder o uso da razão. Vinham desmaios, que lhe tolhiam o mais leve
movimento. O leito parecia-lhe rodeado de demônios e de precipícios horríveis. Os pregos
cravados nas paredes do quarto tinham-lhe aos olhos a forma de dedos enormes
pretos e carbonizados, cuja vista lhe provocava gritos de horror. Em tão
tristes lances se via como sempre, rodeada do mais afetuoso carinho do pai e
das irmãs e parentes.
Desta doença, que resistia
a todos os recursos da ciência médica, a santa menina se viu curada por Maria
Santíssima. Celina, vendo baldados todos os esforços para conservar a vida da
querida irmã, invocou, com todo o fervor de mãe que suplica, a Maria
santíssima, representada numa estátua que a família Martin tinha em muita
veneração. A estátua, a mesma que se vivificava aos olhos da mãe de Teresa,
animou-se de súbito também na presença desta: “ A Virgem Santíssima adiantou-se
para mim e sorriu...” Celina, ao vê-la fitar os olhos na estátua disse de si
para si: “ Teresa está curada” . De fato estava. No momento em que a irmã dizia
isto consigo, o rosto de Teresa tornara-se diáfano e estava transfigurado. A
fisionomia denunciava-lhe algo de sobrenatural. As pessoas presentes a esta
cena sentiram-se tomadas de pasmo e admiração. Não havia dúvida que Teresa em
êxtase vira Maria Santíssima.
Restabelecida do terrível
mal que a acometera e quase a levara às portas da eternidade, o pai
proporcionou-lhe o grande prazer de um passeio agradabilíssimo, ocasião em que
começou a conhecer o mundo. Via-se então muito festejada; admirada por todos,
sem entretanto compreender o motivo de tantas atenções. Embora não fosse insensível
às carícias de pessoas amigas, bem cedo chegou à conclusão de que tudo é
vaidade, exceto amar e servir a Deus.
Pessoas da intimidade, por
exemplo as mestras, notaram em Teresa grande inclinação à oração mental. A
menina meditava de fato, sem contudo dar conta de tal e chamava a isto pensar.
Fez a primeira Comunhão
nas melhores disposições. Três meses empregou na preparação. Ela mesma confessa
ser-lhe impossível contar as impressões que teve, no momento de receber a
sagrada Hóstia. “ Meu encontro com Jesus naquele dia não podia ser apenas um
simples olhar, mas era sim uma fusão. Já não éramos dois. Teresa desaparecera,
como a gota d’água que se abisma no seio do oceano. Restava só Jesus e era o
Senhor, o Rei!“
Pouco tempo depois da
primeira Comunhão recebeu o sacramento da Confirmação, em preparação do qual
fez novo retiro.
O ideal de ser religiosa
Carmelita desenhava-se cada vez mais nítido, na alma da piedosa donzela. Obter
o consentimento do pai e das irmãs e pedir admissão na Ordem não era tão fácil
como a princípio se lhe afigurava. Mas o tio era de parecer contrário. Não só
declarou contrário à idéia, mais ainda acrescentou que se havia de opor à execução
de tal plano, caso não houvesse a intervenção de um milagre.
Poucos meses depois,
porém, deixou de lado a sua resistência e deu seu consentimento.
“Vai em paz, querida
filhinha, - disse-lhe, abraçando-a paternalmente – és uma florzinha
privilegiada, que o Senhor quer para si e a isto não me hei de opor”.
Levantou-se, entretanto,
outra dificuldade, e era de natureza muito séria, mesmo insuportável: a recusa formal do Superior do Carmelo
de receber na Ordem uma donzela de quinze anos. Idêntica foi a decisão do Bispo
de Bayeux, se bem que este muito comovido pela insistência com que Teresa
apresentou o pedido, secundado pelas afirmações do pai, não lhe cortasse o fio
da esperança, prometendo-lhe falar com o Superior a respeito e responder-lhe
então.
Em 7 de novembro de 1887
organizou-se em Paris uma peregrinação a Roma, na qual tomaram parte o sr.
Martin com suas filhas Teresa e Celina. Estava também entre os peregrinos o
Padre Revérony, Vigário geral de Bayeux, de quem Teresa diz que a observava
diligentemente, em toda a viagem.
Chegados à Roma, só em 20
de novembro tiveram a ventura de serem recebidos em audiência no Vaticano. A
Santa mesma conta-nos, com toda a minudência, o histórico dessa audiência.
“Na manhã de domingo ( 20
de novembro) fomos ao Vaticano. Às 8 horas assistimos à Missa do Sumo
Pontífice. Acabada a Missa de ação de graças, que se seguiu à do Santo Padre,
principiou a audiência. Leão XIII estava assentado na poltrona, em trono
elevado, vestido de batina branca e murça da mesma cor. Ladeavam-no diversos
Prelados e as mais altas dignidades eclesiásticas. Conforme as prescrições do
cerimonial, cada um dos peregrinos ia por sua vez ajoelhar-se, beijar primeiro
o pé e logo a mão do augusto Pontífice e receber-lhe a benção; em seguida dois
guardas nobres, tocando-o de leve, com o dedo, significavam-lhe que se
levantasse para passar à outra sala ceder o lugar ao seguinte.
Ninguém tugia, mas eu
estava resolvidíssima a falar, quando o Revmo. Pe. Revérony, que se pusera à
direita de Sua Santidade, nos fez saber publicamente que proibia
terminantemente que se falasse ao Santo Padre. Voltei-me para Celina, a interrogá-la
com o olhar; entretanto dava-me o coração pancadas de fazê-lo estalar.
- Fala! disse-me ela.
Momentos depois estava eu
ajoelhada diante do Papa. Beijei-lhe o pé e apresentou-me a mão. Levantando
então para ele os olhos cheios de água, dirigir-lhe esta súplica:
- Santíssimo Padre,
desejo pedir-vos uma graça importante ! – Inclinou logo a fronte até junto do
meu rosto; como se os seus olhos pretos e profundos quisessem penetrar até o
âmago de minha alma.
- Santíssimo Padre –
insisti – em memória do vosso jubileu, autorizai-me a entrar no Carmelo aos
quinze anos!
O Revmo. Vigário Geral de
Bayeux, estupefato e descontente, atalhou imediatamente:
- Santíssimo Padre, é
uma criança que deseja abraçar a vida do Carmelo, mas os Superiores estão
atualmente examinando o caso.
- Pois bem, minha
filha – disse então Sua Santidade – esteja pelo que decidirem os superiores.
De mãos postas, e
encostadas aos seus joelhos, fiz esta última tentativa:
- Ó Santíssimo Padre,
é só dignar-vos de responder-me sim, para concordarem todos!
Olhou-me fixamente e
proferiu estas palavras, martelando cada sílaba, em tom de voz penetrante:
- Pois não...
vamos... entrará, se assim aprouver Deus.
Ia eu insistir ainda,
quando se aproximaram dois guardas nobres, acenando que me levantasse. Ao verem
que não bastava este aviso, travaram-me dos braços e o Revmo. Padre Revérony
veio também os ajudar a erguer-me, visto como ainda me deixava ficar queda, de
mãos postas e apoiadas nos joelhos do Papa.
No momento em que era
assim removida, o bom do
Santo Padre pôs suavemente a mão sobre os meus lábios e ergueu-os logo depois
para abençoar e pôr largo espaço de tempo esteve me acompanhando com o olhar”.
- - - - - - - - - - - - -
Tornados a Lisieux, a
primeira visita foi ao Carmelo. Um novo requerimento que Teresa fez ao Prelado
diocesano, não teve pronto despacho, como desejava e esperava. Passou-se o
Natal do ano de 1887, sem obter resposta alguma. O dia 1º de janeiro de 1888
tirou-a afinal da incerteza. Foi nesse dia que a Madre Maria de Gonzaga lhe
comunicou ter recebido autorização do Bispo para recebe-la imediatamente, como
postulante no Carmelo. Na carta a Superiora acrescentava que só depois da
quaresma a entrada se poderia efetuar.
O dia 9 de abril de 1888
trouxe-lhe afinal a ventura da entrada no Carmelo.
Desde o começo da vida
religiosa no claustro, pode Teresa experimentar as provações com que Nosso
Senhor costuma mimosear seus prediletos. Uma aridez espiritual parecia ser-lhe
o pão quotidiano, e a Madre Superiora introduziu-a logo nas práticas
costumeiras do Carmelo, tratando-a sempre com extraordinária severidade, não
lhe perdoando a mínima falta que cometesse. Destarte Teresa bem cedo se
habituou a considerar na Superiora não a criatura, mas a pessoa de Nosso
Senhor, ficando assim preservada de afeições humanas no claustro, que sempre
que as houver, são uma verdadeira calamidade.
Extraordinária e mui
significativa é a declaração que Teresa fez, no exame do canônico que lhe
precedeu a profissão, dizendo: “ Vim para salvar as almas e especialmente para
rezar pelos sacerdotes” . Fiel a este propósito ofereceu-se a Jesus como
vítima, convencida que só pelo sofrimento poderia fazer algum bem às almas.
Durante cinco anos realizou esta prática, sem que pessoa alguma soubesse.
Em 10 de janeiro de 1889
recebeu o hábito, cerimônia a que presidiu o Bispo Diocesano, e que se revestiu
de grande solenidade, estando presentes as irmãs de Teresa. Acompanhada pelo
pai, entrou solenemente na capela.
Para o sr. Martin foi um
triunfo e também sua última festa no mundo, pois um mês depois foi acometido de
grave doença que o levou à sepultura seis anos depois.
O tempo do noviciado
passou célebre, entre as práticas de piedade, de virtude e mortificação, sem
que houvesse ocorrido fato de maior relevância.
Decorrido um ano, passou
pela decepção de não poder professar, Declaro-lhe a Superiora que, devido à
oposição formal do Revmo. Padre Superior, havia de esperar mais oito meses. A
própria Santa confessa que a princípio
he custou aceitar tamanho sacrifício, mas, ajudada pela graça divina,
conformou-se inteiramente com a decisão de quem fazia às vezes de Jesus.
Passado o tempo da
provação, ficou marcado o dia 8 de setembro de 1890 para a profissão religiosa.
Horas antes da profissão
religiosa, recebeu de Roma a benção do Santo Padre, fato que muito consolou, tendo durante o retiro
espiritual experimentado a mais completa aridez. Permitiu Deus que sua serva,
no dia que precedia a profissão, fosse horrivelmente perturbada por tentações a
respeito da vocação. “ A minha vocação – assim escreve – afigurou-se-me de
improviso, simples sonho e quimera; o demônio – pois era ele mesmo –
inspirava-me a convicção de que a vida do Carmelo não me convinha por forma
alguma e que enganava os Superiores, metendo-me por um caminho ou instituto de
vida para o qual não fora chamada. Tão densas se amontoaram estas trevas, que
cheguei a persuadir-me duma coisa única: não tenho vocação religiosa, devia
voltar ao mundo”. Foram angústias indescritíveis e para dissipá-las Teresa foi
ter-se com a mestra e manifestou-lhe a tentação. Foi o bastante para lhe voltar
a calma e o sossego.
Se procurarmos saber que
meios Santa Teresa empregou para chegar a tão alto grau de perfeição, que a
igreja e com esta todos os fiéis lhe admiram, descobriremos três: - a oração, a
vida unida a Nosso Senhor, a mortificação e o amor a Deus.
O espírito de sacrifício
era-lhe universal. Tudo quanto havia de mais penoso e menos agradável, por isso
mesmo o procurava com sofreguidão. Tudo o que Deus lhe pedia, dava-lho sem
reserva. O que mais a martirizou fisicamente, como confessa, foi a privação do
fogo durante o inverno. “ O frio tem sido para mim um tormento de morte”.
Na Sexta-feira Santa (3 de abril de 1896) apareceram os
primeiros anúncios da “chegada do Esposo”. Freqüentes eram as hemoptises que
lhe sobrevinham, mas
a Santa sabia habilmente as
disfarçar, tanto que só em maio de 1897 as irmãs souberam do verdadeiro estado
de sua saúde.
Em julho do mesmo ano foi
preciso transferi-la definitivamente para a enfermaria. Os últimos meses foram
de sofrimentos incalculáveis, causados por um desânimo que o demônio lhe
preparava, atormentando-a com tentações contra o amor de Deus. “Tens certeza –
dizia-lhe a voz maldita – de ser realmente amada por Deus?”
Quando em 30 de julho
recebeu a Extrema-Unção, disse jubilosa, às irmãs: “A porta da minha escura
prisão está entreaberta; estou radiante, principalmente depois que o nosso
Padre Superior me assegurou que minha alma se assemelha hoje à de uma
criancinha recém-batizada”.
Desde o dia 16 de agosto
até 30 de setembro as freqüentes hemoptises não lhe permitiam receber a santa
Comunhão, sacrifício este que de todos lhe era em extremo sensível.
São dos últimos dias de
sua existência estas
memoráveis palavras: “Nunca dei a Deus senão amor e com amor também me há de
recompensar. Depois da minha morte farei cair uma chuva de rosas. Sinto que
está chegando a hora de desempenhar a minha missão a de fazer amar a Nosso
Senhor como o amo...de dar a conhecer a minha veredazinha às almas. Quero
passar o meu céu empenhada em fazer bem na terra”.
Muitas coisas edificantes
disse ainda Santa Teresa às Irmãs, nos últimos dias de doença.
Entretanto, a dor
aumentava de dia para dia. A fraqueza chegou a tais extremos, que a doente sem
auxílio não podia fazer o mais leve movimento. Causava-lhe aflição horrível
falar perto de si. A febre martirazava-a de tal maneira, que só com grande
esforço podia pronunciar uma palavra. Mas no meio de todo este sofrimento, um
leve sorriso lhe aflorava aos lábios.
Chegou, afinal, o dia 30
de setembro, o dia de sua santa morte. Estreitando o crucifixo nas mãos,
parecia absorta em profunda meditação. Quando o sino do Mosteiro tocou as
Ave-Marias vespertinas, fixou na Virgem Imaculada um olhar inexprimível.
Cobria-lhe o rosto um suor copioso: tremia. Às sete horas e poucos minutos
perguntou à Madre Priora:
- Minha Madre, não
será talvez a agonia? Não estou nas últimas?
- Pois não, minha
filha, é a agonia; mas Jesus quer prolongá-la talvez algumas horas.
E ela, muito resignada:
- Pois bem...
vamos... vamos... oh ! não quisera que se me abreviassem os sofrimentos...
E olhando para o
crucifixo:
- Oh!... Amo-o!... Meus Deus, eu vos... amo!
Foram estas suas últimas
palavras; pronunciando-as deixou-se cair sobre o leito, numa atitude semelhante
à de algumas virgens mártires, que se dispunham a receber o último golpe. De
repente, se ergueu, como se fosse para atender a uma voz misteriosa, abriu os
olhos, e fitou-os com uma expressão de jubilo indizível, um pouco acima da
imagem de Nossa Senhora. Isso durou mais ou menos a recitação de um “credo” e
sua alma voou para os páramos celestes.
Logo depois da morte de
Teresinha, começaram a dar-se na comunidade fatos extraordinários. Verificou-se
a profecia da Santa, que disse: Depois da minha morte farei cair uma chuva de
rosas.
O mundo católico encheu-se
de admiração pela santidade da humilde carmelita de Lisieux, e Deus
glorificou-a, fazendo-a benfeitora da humanidade, como provam os milagres, que
apareceram às centenas.
Treze anos depois da
morte, procedeu-se-lhe à exumação do corpo e nesta ocasião foi encontrada
intacta e verde a palma que as religiosas lhe tinham posto na mão, logo após a
morte.
Beatificada em 1923, S.S.
o Papa Pio XI, no ano do jubileu de 1925, lhe deu a honra dos altares. As
relíquias, depositadas na capela do Mosteiro do Carmelo em Lisieux, repousam
numa riquíssima urna de prata dourada, oferecida pelos católicos do Brasil.
R E F L E X Õ E S
O segredo da santidade de
Teresa do Menino Jesus está na perfeita harmonia das virtudes que lhe adornam a
alma e a tornaram tão agradável aos olhos de Deus. São: a humildade e a
simplicidade, abnegação de si própria, levada até o heroísmo, o espírito de
sacrifício, um amor sem limites a Nosso Senhor e uma confiança sem reserva em
Deus. Como não há nada de extraordinário na vida desta santa carmelita, seu
exemplo é perfeitamente imitável por todos que seriamente querem a salvação de
sua alma. Basta imitar-lhe as virtudes, invocar-lhe a poderosa intercessão. O
Espírito Santo, que rege a Igreja de Deus sobre a terra, reservou esta mimosa
flor do céu para os nossos tempos, tão pobres de amor e tão saturados de
miséria. Graças lhe rendemos por ter dado aos filhos um exemplo tão perfeito de
virtudes e santidade, que mostra à humildade o “pequeno caminho” da
santificação. Benfeitora que é dos pobres mortais, que se lhe dirigem nas
necessidades materiais e espirituais; padroeira dos missionários que trabalham
nas linhas mais avançadas da milícia de Cristo, na terra dos pagãos – a Igreja
Católica, reverente, curva-se diante desta filha privilegiada, que tanto já fez
e mais ainda fará, para implantar o reino de Cristo nos corações dos homens.
Santa Teresinha do Menino
Jesus é Doutora da Igreja, proclamada pelo Papa João Paulo II em 19 de outubro
de 1987.
Oração
Senhor, que dissestes: “ Se não vos fizerdes
como meninos, não entrareis no reino dos céus” – fazei-nos seguir a Santa
Virgem Teresa em humildade e simplicidade do coração, para que consigamos
alcançar os prêmios da vida eterna.
(** <= Volta ao texto) Irmã mais velha de Zélia, que entrou no Mosteiro da Visitação
de Mans, com o nome de Soror Maria Dorotéia e que em 1877 morreu santamente,
com a idade de 48 anos.
Santa Teresinha do Menino Jesus | |
Nascimento | 2 de janeiro de 1873 |
Local nascimento | Alençon, norte da França |
Ordem | Carmelita |
Local vida | Lisieux - França |
Espiritualidade | Santa Teresinha do Menino Jesus é uma das santas mais conhecidas e amadas por sua espiritualidade. Seu nome se espalhou em pouco tempo por todos os recantos do mundo católico, principalmente pela sua autobiografia, verdadeiro compêndio de santidade. Seus pais, quando jovens desejavam consagrarem-se a Deus na vida religiosa mas, pelos desígnios divinos não foram aceitos. A jovem Zélia Guerin, futura mãe de Teresinha, disse: "Meu Jesus, já que não sou digna de ser vossa esposa como irmã, abraçarei o estado matrimonial para cumprir Vossa vontade. Peço-Vos, porém, de todo coração, conceder-me muitos filhos e que Vos sejam consagrados". Daquele santo casal nasceram nove filhos. Três, ainda em tenra idade, faleceram e os demais, todas meninas, tornaram-se religiosas! Teresinha ficou órfã de mãe aos quatro anos e muito sentiu sua ausência. Após a morte da esposa, mudou-se com a família para Lisieux, onde um cunhado passou a zelar junto a ele pela educação das filhas. Teresinha cresceu num ambiente de amor puro e de fé. Sendo a caçulinha da casa, seu pai a chamava de "minha rainhazinha". As irmãs mais velhas, uma após outra entraram para a vida religiosa e Teresinha alimentava uma santa vontade de, o quanto antes, acompanhá-las na consagração a Deus. Com 15 anos de idade recebeu do Papa Leão XIII a permissão de entrar no Carmelo de Lisieux. Viveu lá durante oito anos. Mas o que poderia ter realizado de extraordinário em tão curta existência? Graças a sua autobiografia, com o título História de uma Alma, sabemos que a jovem carmelita não fez nada de extraordinário: apenas cumpriu extraordinariamente bem os seus deveres de monja enclausurada, ensinando o caminho da santidade: fazer com amor desde as pequeninas coisas. Num momento de entusiasmo, Teresinha escreveu que, por amor ao Amor Supremo, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, missionário, mártir! "Compreendi, escreve, que só o amor fazia agir os membros da Igreja e que se o amor viesse a se extinguir, os apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os mártires recusariam derramar o seu sangue. Compreendi que o amor encerra todas as vocações e que o amor é tudo, abraça todos os tempos e todos os lugares. Numa palavra, o amor é eterno. Encontrei minha vocação: o amor!" Estas palavras são suaves mas profundamente corroboradas pela vida de oração, de sacrifícios, provações, penitências e imolação na existência de Teresinha. Revelou o papel do amor, como chave de toda espiritualidade e apontou o caminho da infância espiritual e passou seus últimos anos de vida com uma terrível doença. Padeceu simultaneamente uma dura provação interior que lhe purificou ainda mais o espírito. Morreu consumida pelo amor, dizendo: "Ó meu Jesus, eu Te amo!" Seus restos mortais são venerados em Lisieux, na França. Ao morrer, Teresinha havia prometido que faria descer sobre a terra uma chuva contínua de rosas (graças celestes). Ela realizou e continua a realizar esta promessa depois de sua entrada no céu, num incalculável número de milagres. |
Local morte | Lisieux (França) |
Morte | 30 de setembro de 1897, aos 24 anos de idade |
Fonte informação | Os santos de cada dia e Religião Católica |
Oração | Ó Deus, que concedestes a santa Teresa de Lisieux (Santa Teresinha) a graça da simplicidade e do amor incondicional a Vós e a todos os irmãos, concedei-nos, por sua intercessão, amar sempre mais a simplicidade de vida e a comunhão convosco. Por Cristo Senhor, amém. |
Devoção | À infância espiritual. Colocar todo o amor, desde as pequeninas coisas. |
Padroeiro | Missões |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: São Remígio (bispo); Severo (presb.); Bavão (cf); Plantão (presb); Adeusdado, Ananias, Cisco, Clemente, Evágrio, Aretas, Veríssimo, Máxima e Júlia, Domingo (márts). FONTE: ASJ |
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